Stellantis: a fusão do Groupe PSA e a FCA

Em 2020 o acordo de fusão entre o Groupe PSA e a FCA (Fiat Chrysler Automobiles) era anunciado ao mundo. No início do verão do ano passado era anunciado o nome corporativo da empresa resultante da fusão: Stellantis. Agora, o foco está no lançamento do novo logótipo.

Com origem no verbo latino “stello”, sujo significado remete para “a iluminação com as estrelas”, o nome Stellantis inspira-se nesse novo e ambicioso alinhamento de marcas automóveis lendárias e com culturas empresariais fortes. Com a união que se desenrola, ser líder da próxima era da mobilidade, ao mesmo tempo que se preservam os valores das partes que a constituem, é um objetivo comum para a Stellantis.

As origens latinas do nome homenageiam a história rica das empresas fundadoras, enquanto a evocação da astronomia capta o verdadeiro espírito de otimismo, energia e renovação. Por si só, o nome Stellantis será usado em exclusivo para se referir ao Grupo, como uma marca corporativa.

Relembramos que a fusão dos dois grupos automóveis resultará numa empresa que será o 4º maior construtor mundial em termos de volume e no 3º maior em termos de volume de negócio, com vendas anuais de 8.7 milhões de unidades e um volume de negócios combinado na ordem dos 170.000 milhões de euros1. Esta fusão permitirá inclusive alcançar cerca de 3.700 milhões de euros em sinergias anuais estimadas, sem encerramento de fábricas em resultado de transação – é expectável que as sinergias apresentem um net cash positivo, logo a partir do Ano 1. Outro objetivo da fusão prende-se com a motivação das partes em desenvolver soluções inovadoras de mobilidade e tecnologias de vanguarda no domínio das cadeias de tração eletrificadas, condução autónoma e conectividade digital.

No comando desta fusão, contará com uma forte estrutura governativa, onde John Elkmann será o Presidente do Conselho de Administração (Chairman) e o português, Carlos Tavares, como Director Geral (CEO) do Grupo, com uma maioria de administradores independentes2. O apoio dos acionistas de longo prazo (como a Exor, família Peugeot, Bpifrance3) também será representado no Conselho de Administração.

A conclusão do projeto de fusão é esperada já para o primeiro trimestre deste ano, sujeita às habituais condições de fecho de negociações, incluindo a aprovação pelos acionistas de ambas as empresas, nas respetivas Assembleias Gerias Extraordinárias, e a satisfação de análises de concorrência e outros requisitos regulatórios.

O futuro não poderia ser mais risonho para a fusão Stellantis, que irá certamente mostrar resultados muito brevemente.